sexta-feira, 15 de abril de 2011

A influência da TV na Infância


“Assistir desenho animado na TV pode ser perigoso para crianças porque a maioria deles distorce conceitos e abusa da violência” Diz a educadora Regina de Assis na entrevista à revista Nova Escola (Ed.nº15 / 2007)



 Crianças gostam de televisão, computadores e jogos. Principalmente da Televisão. Geralmente os pais contratam “esta baba” para cuidar de seus filhos, não se importando com o que eles estão assistindo ou como estão entendendo as informações que lhes são passadas através deste canal de comunicação, que muitas vezes se torna um aliado a má formação do caráter da criança.
O que mais choca quando nos referimos a programas infantis que passam na televisão, são os desenhos que geralmente são violentos e divulgam a prática de trapacear para se dar bem na vida. Quando não, ridicularizam a figura adulta como, por exemplo: As Meninas Super Poderosas.

Sabemos (através do estudo da Psicanálise) que todo ser humano deseja ter sua individualidade para atuar/compartilhar em um grupo social, crianças que assistem a muitos desenhos acabam a idealizar um mundo totalmente alegórico com referencia ao enredo abordado no desenho, resta-nos verificar: qual é a mensagem abordada? Violência? Vilão bonzinho?
Outro ponto a citar é que as crianças não assistem somente a desenhos, assistem a novelas, noticiários, e muitas vezes se deparam com programação adulta.

Mais a TV não é somente feita de programas, temos os comerciais. Eles fazem parte deste pacote “educativo”. No Livro O Desaparecimento da Infância, o autor Neil Postman é bem claro quando se refere ao nível de influência que a mídia tem na criança, idealizando uma personalidade nova para ela, acabando com a infância. “Nos anúncios de todos os meios de comunicação visual garotas são apresentadas ao público como se fossem mulheres adultas espertas e sexualmente atraentes, completamente a vontade num ambiente de erotismo.”
O Instituto Allana (www.alana.org.br) é categórico em afirmar que “Ninguém nasce consumista. O consumismo é uma ideologia, um hábito mental forjado que se tornou umas das características culturais mais marcantes da sociedade atual.” E é aí que nós os publicitários devemos agir... Levar a criança ao consumo consciente.

Os pais têm parte nesta educação... Devem incentivar seus filhos a assistirem programas divertidos, porém com conceitos educativos, como por exemplo: Cyberchase, uma criativa batalha entre o bem e o mal, que estimula as crianças a utilizarem os recursos da matemática para vencer o mal. Incentivá-los a seletividade na hora do consumo, e a conscientização sobre o mundo da diversidade e da publicidade.

Há na televisão outras programações que são educativas. Porém é mais gostoso viver esta infância, brincando com os amigos de pique-esconde, balança-caixão, corre-cotia, bolinha de gude... E por aí vai. “Brincar é mais que aprender, é uma experiência essencial, um modo de decidir como percorrer a própria vida com responsabilidade.” (Lino de Macedo - Prof. do Instituto de Psicologia da USP).

Keite Soares

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